POEMAS

Racismo / dossier / Septiembre de 2020

Ricardo Aleixo

Español

L

três tambores negros semeiam no corpo do vento um grito
de guerra e de paz que incomeça pela evocação do Mar
ancestral e se expande em meio às dobras do L (de Luta e de Liberdade)
que infinda o nome sagrado daquela a quem Iansã
chama com tanta ternura de Minha Irmã Marielle

Paráfrase de Nicolás Guillén

Me matam quando se enganam, e se não se enganam, me matam.
Me matam assim como quem pisoteasse uma barata – sem compaixão
nem culpa –, certos de que, salvo engano, quem morre é um nada, um ninguém.

Imagen de portada: Quilt construido a partir de ropa de trabajo de mezclilla, comunidad afroestadounidense de Gee’s Bend, Alabama, ca. 1940. Smithsonian American Art Museum. CC